domingo, 16 de dezembro de 2012

Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde nasci…

Depois de passar por uma triste experiência, chamada de traidora, a vira-lata UPP foi jogada de uma pedra com altura equivalente a um prédio de dois andares só porque passou a andar com os policiais. O soldado Thiago Loureiro, que a alimentava e a abrigava com cobertores e caixas de papelão, a socorreu, armou uma espécie de maca e levou a cadela a um veterinário na Tijuca. O animal chegou lá com um coágulo no baço e suspeita de múltiplas fraturas. Depois, ainda foi a um dentista de cão para restaurar um canino quebrado. Loureiro pagou, com dinheiro do próprio bolso, um tratamento de R$ 3 mil.
O animal só recebeu alta depois de três dias de internação. E, dali, saiu para a casa de Loureiro com nome e carteira de vacina. A cadela, que nem nome tinha e era xingada de “cachorra traidora” por bandidos, passou a ser chamada de UPP.

- Quando me formei fui direto para a UPP da Providência. Quando chegamos, encontramos vários cachorros de rua. Eu levava comida, cobertor e papelão para que se protegessem do frio. Os cães passaram a nos seguir. Tinha uma cadela branquinha que até atacava suspeitos de envolvimento com o tráfico. Alguns moradores diziam: “Olha lá os cachorros dos policiais”. Só que as pessoas ligadas ao tráfico não gostaram. A UPP acompanhava os bandidos. Depois, chamavam ela de “cachorra traidora”. Aí, teve esse acidente com a cadela e a minha mãe disse: “Pode trazer ela para casa”. A UPP é dócil, meiga. Adora um chamego. Só é ciumenta. Nenhum cachorro pode chegar perto de mim que ela começa a latir. Depois disso, sempre que acontecia algum problema com um cachorro, as pessoas me procuravam.

Leia mais e assista ao vídeo aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário